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O prazo irrealista, recentemente imposto para a limpeza de terrenos, além de estar a gerar um alarme social devido à ameaça das coimas, já fez disparar o aumento do preço médio, por parte das empresas que prestam este este tipo de serviço, dos cerca de 900 euros por hectare para os 1500 euros, havendo até autarquias que admitem contratar empresas espanholas.
Além dos prazos irrealistas, da falta de meios nas autarquias e da falta de empresas especializadas neste sector, deparam-se os proprietários com custos incomportáveis, sobretudo para as famílias com mais baixos recursos. Assim, uma medida que peca por tardia, tomada por gente que desconhece o país real, acaba por prejudicar tudo e todos e só vai «encher os bolsos» a empresas espanholas além que encher os cofres do Estado com a cobrança de coimas. Depois, na chamada “época dos incêndios”, o governo da geringonça já poderá sacudir a «água do capote» como tem sido costume em todas as catástrofes que não tem sabido controlar.
Limpeza das matas? Claro que sim! Mas com meios e realismo: com maquinaria fornecida às autarquias, com recurso a mão-de-obra dos que vivem de subsídios e dos reclusos, com prazos exequíveis e com acompanhamento de peritos. Para o PNR, esta é uma solução sensata e sem a habitual perseguição, por via da extorsão de dinheiro aos portugueses, através de coimas.
