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Facilitar a morte não é solução

Nesta era que atravessamos, em que a sociedade está cada vez mais materialista, individualista e egoísta, dominada, por outro lado, pela frieza da lógica economicista e utilitarista, os super-poderes – substituindo-se à liberdade individual, cada vez mais afunilada – põem e dispõem da vida de todos de um modo cada vez mais agressivo e totalitário, controlando-nos e condicionando-nos numa torrente de proibições e obrigações, à mercê de agendas esquerdistas e de cultura de morte que se vão afirmando progressivamente.

Eu defendo uma vida digna, pela qual vale sempre a pena lutar e não uma morte pseudo-digna e “feliz”. A morte é sempre morte! A morte é sempre o fim! A morte não tem remédio nem solução. Horrorizam-me discursos e iniciativas que visam legislar uma cultura de morte, uma capitulação perante o valor inalienável e supremo da vida, e escancarar uma porta a todas as atrocidades e abusos que daí advêm. Dirão que estou a exagerar, mas não estou! Quando se começa a legislar a morte por “motivos nobres”, está-se a abrir a «caixa de pandora» e nunca se sabe quando e onde é que nos vai levar esse caminho legislativo. Aliás, sabe-se: basta olhar-se a experiência da Bélgica e Holanda e ver-se que 4% dos óbitos são por Eutanásia e muitos deles não são por decisão do doente.

Após esse primeiro passo – de aprovação da Eutanásia -, outros lhe sucederão até que ela passará a ser decidida pelo Estado, pela família ou pelos médicos, quando uma pessoa constituir um peso. Dirão que exagero, mas é assim que as agendas funcionam: um passo de cada vez. No dia em que chegarmos a esse ponto, de Eugenia, a sociedade vai olhar para trás e constatar que tudo começou com uma lei aprovada por “nobres” causas em nome da liberdade individual. Esse padrão é por demais conhecido. Hoje na Assembleia da República, a Eutanásia foi chumbada por apenas cinco votos de diferença. Mas os seus promotores não desistem e jogam com o tempo e com a persistência até vencerem.

Eu defendo a Vida! E defendo todas as medidas que a tornem mais digna, feliz e esperançosa – nos bons e nos maus momentos, na saúde e na doença -, como se deseja e espera de uma sociedade evoluída.

Digo sim a uma vida digna em todas as suas circunstâncias. Por isso, também defendo que se aposte na máxima conquista possível de dignidade e alívio na dor e na doença, nos avanços da ciência e da tecnologia ao serviço da medicina e nos cuidados paliativos. Defendo o apoio inequívoco às pessoas doentes, deficientes e invalidas e às famílias ou instituições que as tenham a seu cargo. É isto o esperado de uma sociedade que se reclama civilizada que pretenda emitir sinais de evolução.

Cada ser humano é único e irrepetível e a sua vida não pode nem deve ser descartável, encorajada por uma ideologia de morte, num momento que ela atravesse, por mau ou duro que seja. Compreendo e solidarizo-me com o profundo drama humano, mas na sociedade que idealizo, não posso aceitar que solução para ele passe pela antecipação da morte, capitulando perante a vida. Recuso-me a deixar, como legado, mensagens e sinais de desistência e afirmação da vitória da morte fácil sobre uma vida difícil. A dor é sempre dor. A doença é sempre doença. Ninguém as deseja para si e para os seus. Mas não é com a fuga para morte que se resolvem os problemas ou os dramas da vida. Esta é a mensagem positiva, de evolução, de crescimento e de esperança que quero transmitir aos meus.

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