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Discurso de José Pinto-Coelho na Manifestação "África do Sul"

Discurso do Presidente do PNR, José Pinto-Coelho, por ocasião da Manifestação em Memória dos Portugueses Assassinados na África do Sul.
28 de Janeiro de 2006

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Portugueses!

Hoje, pela primeira vez, um grupo de pessoas, nacionalistas e patriotas, vem publicamente demonstrar a sua solidariedade para com os nossos compatriotas que, na África do Sul, temem pelas suas vidas e pelos seus bens; a sua solidariedade para com os nossos compatriotas que viram a sua vida ceifada ou a de alguém que lhes é familiar ou próximo.

Esta é, por isso, uma manifestação de solidariedade em primeiro lugar! Uma manifestação que há muito tempo se impunha, e que, na falta de iniciativa oficial, teve de ser levada a cabo por aqueles que se preocupam sempre com os portugueses em primeiro lugar. A nós, não nos é indiferente o sofrimento, a perseguição, o medo, o genocídio de portugueses, de compatriotas, estejam eles onde estiverem. Onde quer que esteja um português, aí está a nossa língua, a nossa cultura, a nossa Nação. Aí estamos todos nós!

A verdade é que, de alguns anos a esta parte já foram assassinados, mais de 360 portugueses na África do Sul, sendo que, desgraçadamente, essa realidade passou a entrar no nosso quotidiano, como algo banal; como uma notícia habitual, encarada com frieza e distanciamento. Importa, contudo, lembrarmo-nos que um destes portugueses mortos na África do Sul, representado aqui por uma cruz, não constitui um número, nem um estudo, nem uma estatística. Não! Pelo contrário! Cada uma destas cruzes que hoje aqui colocámos, corresponde a um nome, a uma vida, a um ser humano, a um português assassinado!

Será normal que num determinado país já tenham sido tiradas 360 vidas portuguesas? E é bom lembrar que se tratam de assassinatos – geralmente antecedidos de roubo – e levados a cabo com requintes de malvadez, e com torturas sádicas e animalescas.

Temos por isso, todos os motivos para apontar o dedo acusador a tais barbaridades, classificando-as como actos de racismo do mais bárbaro e selvagem. Temos todos os motivos para falar em genocídio! São 360 pessoas portuguesas assassinadas, em terra estrangeira. Não se trata por isso de uma mera situação de coincidência ou de fatalidade, mas sim de actos premeditados e discriminatórios.

Perante tal genocídio, o que têm feito as autoridades portuguesas? Nada! Nada vezes nada!

Ou melhor, têm imposto um vergonhoso silêncio sobre o caso. Esse é por isso o segundo motivo desta nossa saída à rua. Estamos aqui, para exprimir a nossa mais viva indignação perante a passividade e a indiferença das nossas autoridades.

Por que motivo, os sucessivos governos ignoram esta situação?

Porque motivo o Presidente Jorge Sampaio ignora esta situação?

Esqueceu-se por certo da promessa feita, de ser o Presidente de todos os portugueses. Antes, optou e preocupou-se mais em ser o presidente de todos os imigrantes que nos invadem e nos desrespeitam!

Preocupou-se mais em ir à Cova da Moura prestar vassalagem aos marginais e aos “jovens” – prometendo-lhes, como prémio da sua conduta, o fácil acesso à artificial e falsa nacionalidade portuguesa – do que em demonstrar solidariedade para com as famílias dos polícias por eles assassinados; ou para com as vítimas do arrastão de Carcavelos e dos vários “arrastões” nos transportes públicos.

Nesta absurda mudança de objectivos, esqueceu-se o Presidente Sampaio, que os portugueses emigrados, são também eles, por direito próprio, portugueses!

Esquecem-se também, os vários governos, que os portugueses emigrados são nossos compatriotas.

Os governantes parecem mais preocupados com as vítimas do tsunami, do que com as vítimas do ódio racial a África do Sul, que por acaso até são portugueses…

É legítimo que nos questionemos acerca do que sucederia em outros cenários…

Por exemplo: o que sucederia se tivessem sido mortos 360 americanos em território estrangeiro?

Ficaria a Casa Branca a fazer-se de distraída?

Que sucederia por exemplo, se em Portugal tivessem sido assassinadas meia dúzia de pessoas, que fosse, de uma outra nação?

É fácil prever que cairia o Carmo e a Trindade…

Então porquê este silêncio? Mais – pior ainda! – porque motivo os assessores do Presidente Sampaio mandaram calar o padre Carlos Gabriel, pedindo-lhe para não levantar ondas?! Ele, que tem sido incansável na solidariedade e na preocupação com a segurança o bem-estar dos portugueses na África do Sul.

Naturalmente, se tivessemos autoridades e governantes com espírito verdadeiramente nacional, já há tempo que o nosso embaixador teria sido convocado para esclarecimentos, como é procedimento normal em diplomacia.

Se tivéssemos um governo com um mínimo de orgulho nacional, já teria havido a preocupação de pedir expilcações ao governo sul-africano e junto dele procurar as medidas adequadas.

E não nos serve o argumento fácil de que a África do Sul é um país com uma elevadíssima taxa de criminalidade – embora, paradoxalmente, o seu ex-presidente, Nelson Mandela, tenha sido galardoado com um prémio nobel da paz…

Dizia eu que, esse argumento não serve! Não é suficiente nem nos sossega o espírito, pois aquilo que está em causa são vidas portuguesas, e nessa medida é obrigação do estado português, a efectiva preocupação em encontrar soluções para essas pessoas. Se não somos nós, portugueses, a preocuparmo-nos com os nossos, quem o fará?!

O Estado português tem-se precupado muito em promover a invasão imigrante do nosso país e tem-se mostrado particularmente generoso em subsidiar essa mesma invasão, tão prejudiciar aos portugueses. Não seria mais sentato e sobretudo, de toda a justiça, patrocinar o regresso dos portugueses emigrados que se encontram em perigo?

É óbvio, que os portugueses emigrados na África do Sul, embora temam pelas suas vidas, pelas vidas dos seus familiares e pelos seus bens, não considerem, todos eles, de ânimo leve, a possibilidade de regressar à Pátria, por não terem condições para tal. Pois que poderão eles fazer? Deixar para trás os frutos de uma vida? Abandonar o seu ganha-pão? Recomeçar tudo do zero na segurança (ou melhor: na semi-segurança) da sua Pátria? É claro que tal situação, é na maioria dos casos uma opção muito dificil. É justamente aqui, por isso, que deveria entrar a actuação dos nossos governantes. É para este tipo de situações – entre outras – de salva-guarda dos interesses dos portugueses, que o Estado serve.

Não dizem os nossos políticos, que os portugueses emigrados, são pessoas muito empreendedoras? Não dizem os nossos políticos que Portugal precisa de ser mais competitivo?

Então por que motivo não se apoia o regresso desses nossos concidadãos, para virem colaborar na promoção do desenvolvimento de Portugal? Ao que parece, preferem atribuir isenções e benefícios fiscais aos negócios chineses que arruinam as famílias portuguesas. Parece ser esse, o seu conceito de competitividade e desenvolvimento.

Pois bem, inversamente a isso, tudo deveriam fazer para ajudar ao regresso dos portugueses que assim o desejassem. Estes viriam contribuir para um tão urgente choque demográfico; para um crescimento e rejuvenescimento da população nacional. Estes viriam contribuir para o enriquecimento do estado, através da criação de emprego e do pagamento de impostos, inversamente a alguns dos invasores que vêm para se dedicar à indigência, quando não ao crime.

Um governo que se preze e que preze o seu povo, deveria por exemplo, comprar a essas famílias de portugueses, os seus bens e negócios na África do Sul, dando-lhes assim, a título de subsídio a fundo perdido, as bases para recomeçarem de novo, com dignidade e segurança, de modo empreendedor, as suas vidas na sua terra natal. O estado venderia lá, posteriormente, esses mesmos negócios e bens, ficando assim, dessa forma, recompensado.

Ou, em alternativa, numa solução mais modesta, não deveria o estado nacional, pelo menos, proporcionar ajuda efectiva ao seu regresso, atravès de benefícios de vária ordem? Através de isenções, de benefícios fiscais e de subsídios?

Mas não… a pouca, ou a nula vontade de se encontrarem soluções, parece ter sido o caminho eleito. Mandar calar o Padre Gabriel e não agitar as águas, é bem mais fácil para aqueles que vivem afogados em mordomias, em luxos e facilidades, pagos com o dinheiro de todos nós.

Um governo PNR, tudo apostaria no desenvolvimento e bem-estar dos portugueses em primeiro lugar. Tudo apostaria nas nossas famílias, nos nossos trabalhadores e nos nossos empreendimentos, porque para o PNR os portugueses estão sempre em primeiro lugar!

Mas parece que defender este elementar princípio de justiça e de normalidade é crime, nos dias que correm. Para a cartilha do politicamente correcto, defender os portugueses constitui uma afronta. Pretendem com isto, colocar-nos um rótulo de racismo e xenofobia e assim retirar-nos qualquer legitimidade para agir e impor-nos o silêncio. Mas a nós, que não lemos por essa cartilha, não nos mandam calar!!

Como foi então referido, esta nossa acção pretende ser um acto de solidadriedade, de sensibilização e de protesto para com tal situação gritante.

Esperamos assim, que hoje se inicie, aqui em Portugal, um movimento de apoio às vítimas portuguesas da África do Sul.

Desta forma, e para que esta acção se espalhe e ganhe raízes nos mais diversos pontos do nosso território, pedimos aos presentes que tenham vindo de outras zonas do país, que levem umas quantas cruzes e as coloquem no relvado de uma rotunda na sua terra. Que a par disso, distribuam o folheto próprio pelas pessoas, pelas caixas de correio e pelos carros da sua terra, de modo a que este movimento de solidariedade chegue o mais longe possível e ganhe corpo!!

Muito obrigado e Viva Portugal!

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