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O manguito ao regime nas presidenciais

Agora que a poeira das eleições presidenciais assentou, este é o momento de fazer um balanço a uma eleição que, de certo modo, acaba por ser um plebiscito à III República, ou seja, ao regime.

Os 61% de abstenção, acrescidos dos votos nulos e em branco, são a prova cabal de que uma maioria de quase dois terços da população está de costas voltadas para o regime e para o sistema político, que despreza, por não se ver nele representado. E não vale a pena virem os comentaristas do costume tentar dissimular este facto incontornável. Aliás, o que une todos os figurantes de todas facções do sistema, é o apelo ao voto. Da esquerda à direita parlamentar, todos sabem que é exactamente a adesão ao voto que confere legitimidade ao regime a que estamos sujeitos há meio século. A ânsia de legitimação é tão grande que todos se apressaram a desvalorizar ou diminuir o valor da abstenção que atingiu um recorde histórico.

Ora, isto significa que o regime vigora na falta de legitimidade moral, que perdeu há muito, com um avolumar de governações criminosas que saquearam ou desmantelaram os recursos de Portugal, que geraram uma dívida externa surreal e comprometeram o futuro das próximas gerações. Assim sendo, o regime que deriva da golpada traiçoeira de um grupo de idiotas úteis que manipulou o imbecil colectivo em 25 de Abril de 1974, caiu em absoluto na usurpação do poder. É, pois, um regime usurpador que tem todo o poder para se manter, mas sem qualquer autoridade moral.

Os resultados eleitorais vieram ao encontro da posição oficial assumida pelo nosso partido que, de resto, aconselhou os seus simpatizantes e militantes a não votar em nenhum candidato, já que, em conformidade com os valores e princípios que defendemos, não poderíamos dar o aval a qualquer um deles, produto e reflexo que são de uma república que consideramos inimiga do povo português, e que tratamos de erradicar.

A falta de adesão ao chamamento eleitoral, por muito que a desvalorizem, traduz o desencanto e descrença da maior parte da nossa população nas instituições e nos políticos, farta que está dos apelos dos vendedores da banha da cobra e dos falsos profetas de sempre. Aqueles que votaram são agora e apenas os avençados da república que se vai tornando cada vez mais parecida com uma monarquia de pacotilha onde os governantes para além de passarem o poder entre si para filhos e familiares, vivem numa condição de privilégio evidente, mais uma vez exposta, ao serem um grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19.

O partido Ergue-te! congratula-se com o sinal dado por um povo cansado, abandonado e desencantado, que se materializou num grande manguito dado à III República moribunda.

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