“Poucachinho”, mas melhor que nada

A ministra do Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou na semana passada que o Governo aprovou a redução do IVA da electricidade para 13% nos consumos mais baixos, com uma atenção particular às famílias numerosas, uma vez que para estas, o escalão mais baixo vai até aos 150, kWh consumidos, ou seja, correspondente a uma majoração de 50% em relação às famílias pequenas.

O Ergue-te!, apesar de considerar esta medida muito curta, não pode deixar de se congratular com a iniciativa, nomeadamente na diferenciação que faz para as famílias numerosas, numa óptica equitativa que vai ao encontro daquilo que o Ergue-te sempre tem defendido. Não resta a menor dúvida que o trabalho aturado e competente da Associação das Famílias Numerosas, vai dando frutos.

É pena que não haja coragem e vontade política para se ir mais longe, isto é, reduzir-se o IVA da electricidade para a taxa mínima e eliminar-se da factura que pagamos a inacreditável taxa audiovisual, bem como o imposto que sustenta as energias alternativas. Com tais medidas, as famílias portuguesas pagariam bem menos pela electricidade que actualmente coloca Portugal como um dos países da Europa onde ela é mais cara.

A baixa do IVA na electricidade tem sido uma das bandeiras do Ergue-te!, pelo que ficamos contentes com esta medida, ainda que “poucachinha”, mas não deixaremos de defender a redução drástica na carga fiscal, seja em impostos directos ou indirectos, para as famílias e as empresas, como sempre temos defendido no nosso programa, como forma de relançar o consumo interno e animar a economia.