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O Navio de Teseu

Por: João Loureiro Vaz

Um dos problemas clássicos da filosofia é o do Navio de Teseu, que remete para a identidade. O Teseu tinha um barco. Ao longo do tempo o Teseu foi tendo de substituir as tábuas que se iam estragando, até que chegou o dia em que todas elas eram diferentes das originais. O problema que se coloca é o de saber se o navio é, ou não, o mesmo.
Podemos perceber isto de outra maneira.

A aldeia do sr. Gervásio tinha 50 habitantes. Ele tinha uma exploração agrícola e dizia que precisava de mão-de-obra, mas que ninguém queria trabalhar. Quando lhe diziam que pagava pouco, respondia que não podia dar mais. Além disso, afirmava que a aldeia estava a ficar despovoada. Se não viesse juventude de fora a aldeia acabava e ninguém trataria dos velhos, daí a uns anos.

Lentamente, foram chegando pessoas de outros lados. Tinham costumes diferentes, mas não parecia haver problema. Até porque, por enquanto, eram poucos. Havia quem andasse contente. O sr. Luís até dizia que não tinha nada contra estes forasteiros. Trabalhavam e acrescentavam valor à economia. Dizia ele que “vinham por bem”. A dona Suzete, por sua vez, recordava que também havia gente da aldeia que tinha ido para fora.

Com o tempo, o número de forasteiros aumentou. Foram-se tornando mais do que os locais. Alguns anos depois, eram a totalidade da povoação. A aldeia continuava a ter o mesmo nome. Mas era ainda a mesma aldeia? É tão simples como isto.

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