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Um grito de alerta dos camionistas: afinal não “está tudo bem”…

O PNR defende que a Lei da Greve precisa de ser revista e que a maioria delas são abusivas, desproporcionadas e orquestradas pelos sindicatos. Fazem-se sem necessidade de grande coragem, já que nunca há graves consequências para os grevistas: estão protegidos pela lei e o seu emprego na função pública salvaguardado.

O presente caso é diferente e confirma a excepção à regra. Trata-se um acto de coragem – muitas vezes despoletada pelo desespero – dos que trabalham no privado. É o fim da linha. É a consequência das políticas dos sucessivos governos, em termos da elevada carga fiscal, que impedem que muitas empresas consigam ser competitivas e que possam também aumentar as remunerações dos seus colaboradores.

Para os trabalhadores, a enorme e asfixiante carga fiscal impede-os de usufruir dos reais rendimentos da sua força de trabalho, tendo em conta que o Estado, de forma coerciva, reclama para si próprio mais de metade deles, através dos impostos directos e indirectos.

Prova disso, é que entre as suas reivindicações, uma delas consiste em deixar de receber ajudas de custo “por fora”, de forma ilegal, parte do salário, o que, de resto, leva a que sejam prejudicados, por exemplo, em situação de baixa.  Além disso, reivindicam, com toda a razão, o reconhecimento da categoria profissional específica; vencimento igual a dois salários mínimos, que era o que tinham há 20 anos; subsídio de risco pago ao mês, em vez de ser ao dia; e respeito pela sua carga horária, pois trabalham horas a mais, havendo quem nem tenha descanso ao fim-de-semana.

Por seu lado o Governo, com tiques ditatoriais, procura soluções que fazem tábua rasa da legislação em vigor, ao permitir que condutores sem formação conduzam veículos com matérias perigosas. Até já foi aventada a hipótese de militares conduzirem veículos de empresas privadas. Isto só nas piores ditaduras comunistas acontece, ou neste governo da geringonça, que quer mesmo um país a duas velocidades: o abastecimento para a população só esta “previsto” para Lisboa e Porto. E o resto do país? São cidadãos de segunda categoria?

Num governo nacionalista não seria precisa esta greve, dado que o Estado regularia e proveria a concertação social, já num governo de esquerda, os trabalhadores são ameaçados, a extrema-esquerda mete a cabeça na areia e temos o país a correr o risco de ficar paralisado.

Para os privados entrarem em greve, já é um indicativo que o tão apregoado milagre económico é uma falácia e que o futuro não se avizinha risonho… esta é a real fragilidade do nosso País: uma Nação refém de 600 motoristas que gritam – com razão! – o seu desespero…

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