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Negociação do salário mínimo em Portugal

Actualmente, vemos a Concertação Social a discutir o aumento do salário mínimo nacional. Temos a absurda CGTP-In a exigir a subida imediata para 600€, a UGT a pedir 565€ e os patrões a recusar aumentos acima de uns miseráveis 540€.

Por que é que os patrões se recusam a aumentar mais do que os 540€? A razão é simples. Porque, infelizmente, devido a estas políticas internacionalistas que os nossos governos têm seguido, o factor de produção “mão-de-obra” é o único a que os nossos empresários ainda se podem agarrar para serem minimamente competitivos.

Como estamos numa pequena economia, totalmente aberta, o preço de venda dos produtos e dos serviços são determinados pelas grandes multinacionais; se os portugueses subirem o preço, pura e simplesmente não vendem, pois as multinacionais praticam um valor mais baixo.

Para uma empresa ser concorrencial, ou seja, conseguir vender ao preço de mercado sem perder dinheiro, tem de ter um ou mais factores de competitividade que pode ser fiscal, de capital, energética ou de recursos humanos.

Infelizmente, em Portugal temos:

– Uma carga fiscal sobre as empresas nada competitiva; basta ver que a Irlanda cobra metade dos impostos que nós cobramos às empresas.

– A nossa banca, totalmente dominada pelos grandes grupos financeiros internacionais e uma Caixa Geral de Depósitos mais preocupada em pagar ordenados milionários, do que apoiar as nossas empresas; por consequência temos uma das taxas de juro mais altas da Europa.

– A energia eléctrica dominada pelos chineses com um preço entre os cinco mais altos da Europa e um combustível fóssil com tamanha carga fiscal, que fica perto do topo da tabela dos mais caros.

Conclusão: o único factor de competitividade que resta aos empresários portugueses é, sem dúvida, os baixos salários; de notar que mesmo esse recurso é altamente taxado pelo Estado impondo que o ordenado que se leva para casa seja verdadeiramente miserável.

De facto, o salário que os portugueses levam para casa estão a um nível incrivelmente baixo, mas o que os empresários pagam por esses ordenados já é bastante elevado.

O PNR, no seu programa económico, defende o substancial aumento dos ordenados, mas depois de garantir capital e energia a preços competitivos e depois de dar alguma protecção às empresas portuguesas, defendendo-as dos excessos da concorrência internacional, conseguindo, assim, que o aumento dos salários sirva para os portugueses comprarem, principalmente, produtos produzidos em Portugal e não por multinacionais.

A defesa da produção nacional é o único caminho que garante um sustentável aumento dos ordenados dos portugueses.

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