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Apontamento do quotidiano | Fevereiro de 2015 (II)

PNR Apontamento do quotidiano> ASSUNTOS DA SEGUNDA QUINZENA DE FEVEREIRO 2015

> BPI | O grupo espanhol Caixabank lançou uma OPA ao BPI, o terceiro maior banco privado português, liderado por Fernando Ulrich. O Caixabank quer comprar 100% do BPI, que perdeu 161 milhões de euros em 2014 e vale 1520 milhões em Bolsa. Perante esta evidência de vulnerabilidade, o BPI afinal parece em dificuldades, não estando a aguentar… Tenhamos em conta, neste momento, que a banca que opera em Portugal quase nada tem de português. Resta muito pouco, tudo foi alienado a interesses externos. Não esquecemos que é a banca que tem a função de financiar a sociedade e não a sociedade de a patrocinar, com as suas poupanças, os negócios desastrados de administrações incapazes.

> UE/Tróica | “Pecámos contra a dignidade [da Grécia e de Portugal]”, disse Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, que reconhece “falta de legitimidade democrática da Tróica” e que “não se pode viver à conta das gerações futuras”. Faz também críticas a Durão Barroso. O PNR não confia nestas instituições cínicas, e sabe que esta austeridade compromete o nosso futuro. O mal está feito, importa agora saber como repará-lo e como inverter a nosso favor as relações com a UE.

Contra a evidência, o Governo considera infelizes as declarações do presidente da CE porque “nunca a dignidade de Portugal nem dos portugueses foi beliscada, pela Troika”. Para o ministro Marques Guedes, as metas e objectivos “eram manifestamente desajustados porque tinham sido mal negociados de início” Mas parece esquecer que os partidos que integram o seu Governo estiveram presentes nessas negociações…

> Durão Barroso | Este senhor realizou uma conferência na Universidade Católica, parecendo ter agora a solução que não teve enquanto servia os interesses da UE contra o próprio País. Depois de fazer a propaganda do “bom aluno”, de ter abandonado o Governo a meio do mandato, quer agora Durão Barroso, que cobra 75 mil euros por conferência, sacudir as responsabilidades da sua posição de subserviência enquanto presidente da Comissão Europeia.

> Amnistia Internacional| De acordo com o Relatório Anual 2014/15 da Amnistia Internacional, “as medidas de austeridade afectaram o usufruto dos direitos económicos e sociais e, em algumas situações, foram consideradas inconstitucionais”.

Verificamos que o alerta feito pelo PNR há alguns meses atrás relativo à actividade desta instituição, teve agora efeitos práticos. Assim, o impacto das medidas de austeridade na sociedade portuguesa consta pela primeira vez no relatório da Amnistia Internacional (AI).

A AI não refere porém a violência de que a polícia é alvo diariamente no exercício das suas funções, nem o aumento de 50% de agressões nos namoros, nem que 9 em cada 10 deficientes estão em situação de desemprego, nem os reiterados crimes institucionais, nem a sabotagem económica perpetrada pelos monopólios, nem a corrupção aviltante que grassa no sistema político. Como se pode constatar, no actual estado do País existe “muito por onde pegar” em matéria de defesa da dignidade humana.

> Zeinal Bava | O gestor, vencedor de todos os prémios e condecorações, ouvido em audição parlamentar no caso PT, demonstrou ser um inepto, um caso flagrante de incompetência e impunidade. Lamentável nas suas contradições, com frequentes “não me lembro, não sei”, apesar da fachada polida, dos bons fatos que exibe à custa de salários imorais e de prémios de desempenho injustificados, constatamos que não passa de um criminoso vulgar, a julgar pelo seu deplorável desempenho. O PNR não desistirá jamais de apurar os contornos de uma privatização ruinosa, considerando que a PT deve ser restituída ao controlo participado do Estado.

> Vigilância em curso | Portugal continua sob vigilância de Bruxelas por desequilíbrios económicos excessivos, pois “permanecem riscos importantes ligados aos níveis elevados de dívida, tanto interna como externamente, e alto desemprego”. O Governo, naturalmente, desdramatiza o aviso da Comissão Europeia, mas a verdade dos factos é incontornável. Falharam em tudo. De facto, Portugal apresenta desequilíbrios excessivos que exigem acção política imediata e verdadeiras reformas. Mas não implementadas por aqueles que nos conduziram até esta situação de miséria. Se foram ineptos ao ponto de nos trazerem até aqui, é evidente que jamais conseguirão arranjar soluções, pois não têm capacidade, nem competência, nem visão política para tal.

> Chineses de Costa | As “chinesices” do PS. No seguimento das declarações de António Costa, ao afirmar que os investidores chineses “deram um grande contributo para que Portugal pudesse estar na situação em que está hoje, bastante diferente daquela em que estava há quatro anos”, Alfredo Barroso, próximo de Mário Soares, apelidou de “uma enorme chinesice” e “vergonhosa” a intervenção, anunciando então a sua desfiliação do PS.

Mas Alfredo Barroso vai ainda mais longe na nota publicada no seu perfil no Facebook, ao afirmar: “Não duvido das miseráveis campanhas que a ‘ralé’ que tomou conta do ‘aparelho’ do PS é capaz de se atrever a desenvolver contra mim.” Aliás, as chinesices do PS não são de agora e remontam aos tempos de Macau, por onde passou muita da corrupção deste regime nos anos 90. Assim vai o Partido Socialista, que se arroga a querer ser Governo. Em relação a esta matéria, não aceitamos que investidores estrangeiros vivam à custa de isenções e privilégios, que os investidores, empresários e comerciantes portugueses não têm.

> “Submarino” em Milão | O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, em mais uma viagem de “charme”, esteve na Feira de Calçado de Milão, onde estiveram representadas 84 empresas portuguesas. As exportações portuguesas de calçado cresceram 7,7% em 2014, tendo sido o quinto ano consecutivo de crescimento. Portugal exportou um valor de 1.870 milhões de euros. Com uma estratégia global para o sector, pode triplicar-se esta cifra, através da aposta sobretudo em segmentos altos de mercado, pois são esses mesmos segmentos que reconhecem a qualidade dos produtos nacionais. O processo de internacionalização, com base no reforço e especialização da mão-de-obra deve ser alargado aos sectores tradicionais da economia. O mérito não é de Paulo Portas, nem do CDS-PP, mas sim do desempenho dos empresários e seus colaboradores que, num país onde as empresas são asfixiadas e massacradas com impostos, conseguem levar o seu esforço por diante.

> “Não fui notificado…” | O mês de Fevereiro termina com a notícia de que Passos Coelho acumulou dívidas à Segurança Social entre 1999 e 2004, enquanto era deputado. O Primeiro-Ministro afirma que nunca foi notificado da dívida, o que denota tratamento preferencial por parte da Administração. A dívida prescreveu em 2009, mas acabou por ser paga já este mês, depois de o governante em questão ser confrontado pela imprensa.

Em 2007, Passos Coelho ganhava mensalmente 7.975 euros como administrador das empresas Gestejo, Ribtejo e Tejo Ambiente, do grupo Fomentinvest, liderado por Ângelo Correia. Era ainda consultor da Tecnoforma, na empresa LBN e na associação Urbe. Na altura dos factos, estavam no Governo Durão Barroso e Bagão Félix, conhecido pelos seus truques contabilísticos nos Orçamentos Gerais de Estado. O ministro Pedro Mota Soares veio de pronto justificar o injustificável, dizendo que os cidadãos não podem ser prejudicados por erros da administração pública. Ora, isso acontece diariamente, com prejuízo de milhares de famílias, com penhoras de casas, de bens, de salários, de poupanças de uma vida. Uma vez mais, fica demonstrado que nesta democracia abrileira, criada em nome da igualdade, existem filhos e enteados.

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