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O Conselho Nacional de Educação e as teorias igualitárias e dos “coitadinhos”

ChumbosFoi conhecido esta semana um relatório do Conselho Nacional de Educação que defende o fim dos chumbos nas escolas.

A destruição da escola pública continua assim a todo o vapor: já não chegava o facilitismo, a falta de regras, a desautorização dos professores, as turmas demasiado grandes, a redução excessiva do número de assistentes operacionais, a instabilidade na classe docente e a transformação desta em meros burocratas, factores a que acrescem ainda os programas desajustados à faixa etária dos alunos e à carga horária das disciplinas, o fim do ensino técnico-profissional e a entrega gradual da educação às câmaras municipais com o intuito de subjugar a classe docente pelo “caciquismo” local… Agora, vem o Conselho Nacional de Educação defender o fim dos “chumbos”.

Recuperando o espírito dos tristemente célebres artistas armados em cientistas do “eduquês”, este órgão consultivo do Ministério da Educação defende pois que a retenção dos alunos sai demasiado cara ao Estado, pode provocar “problemas emocionais” nos alunos e não é eficaz.

Ora, em primeiro lugar, o Estado existe para providenciar os serviços necessários ao funcionamento da Nação, pelo que considerar o factor económico em qualquer um dos deveres do Estado não só é aberrante como reduz o mesmo a um mero “cobrador de impostos” e meio de sustento de gente que em nada contribuiu para a sociedade mas que tem direito a toda a espécie de apoios sociais.

Em segundo, a desculpa dos “problemas emocionais”, é fruto daquela psicologia barata da esquerda (que está amplamente representada no Conselho Nacional de Educação) e baseia-se na ridícula teoria de que não deve existir autoridade na sala de aula. Infelizmente, conhecemos bem os resultados desta abordagem ao ensino, que já foi usada anteriormente e teve resultados catastróficos derivados do facilitismo que criou. Recorde-se que os seus defensores diziam que memorizar criava “problemas emocionais”, e o resultado dos seus delírios marxistas foi uma geração de alunos incapazes de ter argumentação, raciocínio lógico e autonomia, para além de revelarem níveis elevados de egocentrismo e indisciplina.

Para o PNR, permitir que um aluno transite sem ter adquirido o conhecimento para isso, e colocá-lo no ano seguinte ao lado dos que transitaram por terem atingido o nível necessário, é um atentado contra o valor do esforço e do mérito, uma ofensa aos alunos e aos pais dos alunos que obtêm sucesso escolar e um meio de enganar os alunos que deveriam ter sido retidos e os respectivos pais, fazendo-os pensar que estão no bom caminho, mesmo sem terem conseguido obter média positiva. Trata-se, a nosso ver, de premiar o insucesso, o que acaba por desmotivar aqueles que se esforçam. E aqui temos uma vez mais o cancro marxista: a noção de “igualdade” da esquerda premeia de igual modo o que trabalha e o que não se esforça, acabando por fazer com que o primeiro deixe de trabalhar. Basta estudar um pouco de História do século XX para saber os resultados ruinosos que uma tal mentalidade teve nas economias dos países onde ela foi aplicada. Para nós, nacionalistas, a igualdade deve existir no acesso às oportunidades. Depois, cada um deve ser recompensado em função do seu esforço. Só assim se cria hábitos de trabalho e se forma bons cidadãos.

O modelo que querem implementar em Portugal já existe em Inglaterra e na Holanda. Nestes países há dois tipos de escolas: as privadas, para as elites, onde apesar de não haver “chumbos” há rigor e disciplina formando bons alunos, e uma pública, onde se nivela por baixo, e que não passa de um “depósito” de crianças e adolescentes “formando” apenas iletrados e delinquentes.

O PNR considera que a solução para um ensino público de qualidade passa pelo rigor e pela disciplina, turmas com vinte alunos, assistentes operacionais em número suficiente para o bom funcionamento da escola, programas ajustados à faixa etária dos alunos e à carga horária das disciplinas, manuais uniformizados com rigor e vigência prolongada, existência de aulas no Verão para recuperação dos alunos que tenham reprovado nos exames de final de ciclo, estabilidade na classe docente e, tal como já referimos anteriormente, a existência de currículos e percursos educativos alternativos, o que passa pelo restabelecimento do ensino técnico-profissional e pelo fim dos mega-agrupamentos e da autonomia das escolas.

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