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1º de Dezembro roubado

De José Pinto-CoelhoHoje, pela primeira vez, sentiu-se realmente o roubo do feriado do 1º de Dezembro, dia da Restauração da Independência. Hoje foi um dia de trabalho igual a tantos outros, mas, de acordo com estas cabeças iluminadas, os benefícios económicos devem ser extraordinários…

Ou seja, os roubos por parte da classe dirigente corrupta, as greves em tantos sectores, como é disso exemplo a actual greve da TAP, é que não são importantes. Importante é riscar-se do calendário um feriado importante para a nossa Identidade.

Só existe um feriado que deveria ser riscado, por ser sectário e dividir os portugueses: se querem realmente cortar feriados para “ajudar a economia nacional”, dêem o exemplo e cortem o 25 de Abril, passando o “Dia da Liberdade” para o 1º de Dezembro. Porque é disso que se trata nesta data do 1 de Dezembro: a Restauração trouxe-nos a verdadeira Liberdade, pois nenhum povo é livre se não for soberano. Pelo contrário, e passados que estão 40 anos, constatamos que o 25 de Abril apenas serviu para abrir as portas do poder a uma classe de corruptos e traidores, substituindo um regime desgastado por um regime gastador e delapidador de tudo o que consegue vender em benefício dos seus mandantes, desde as nossas reservas de ouro às nossas empresas, passando, obviamente, pela nossa independência e liberdade enquanto povo. Porque é um facto que, com este regime, os portugueses são cada vez menos livres.

Mas isso seria pedir muito a esta oligarquia instalada, que se governa a si mesma em vez de governar para o bem nacional, para Portugal e os Portugueses.

Independência é algo fora dos horizontes daqueles que desmantelaram a nossa soberania, a nossa produção nacional e, por consequência, os nossos empregos. Independência é algo que não se encontra no dicionário de quem não entende que isso é sinónimo de liberdade, pois estes mesmos são os que nos roubam diariamente a liberdade ao fazerem dos portugueses um povo de escravos cada vez com menos direitos e cada vez com mais deveres. E mais sacrifícios.

Urge pois mudarmos de políticas, mas para isso impõe-se afastar os donos do actual poder.

Urge colocarmos um ponto final neste regime de traição nacional, de corrupção e de impunidade. É imperativo um novo regime, sustentado por um outro sistema político e eleitoral, verdadeiramente nacional, participado e transparente.

Urge a criação de um Estado Nacional e Social, que recupere a soberania perdida, relance a economia e o emprego, acabe com as mordomias imorais vigentes e institua uma verdadeira justiça social assente no mérito e na dignidade de todos e de cada Português.

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