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Inocência? Só podem estar a brincar.

De José Pinto-CoelhoSe cabe aos Tribunais julgar e condenar ou absolver, também estes estão obrigados pela figura da “presunção de inocência” do arguido, que o protege face a possíveis abusos.

Prender, julgar, condenar, absolver, são competências do poder Judicial e não cabem ao cidadão comum. Naturalmente. Mas, de igual forma, este não tem que se sentir constrangido pela figura de presunção de inocência. Era só o que faltava! Isso seria condicionar a liberdade de pensamento das pessoas.

Ora, que a esmagadora maioria dos comentadores venham falar na presunção de inocência de José Sócrates, mesmo perante indícios fortíssimos, nada admira, pois na verdade, todos fazem parte do mesmo sistema, da mesma teia. Todos comem na mesma gamela e têm amigos em comum. Todos representam o papel de adversários uns dos outros, mas nos bastidores são amigalhaços. Mas o que não podem é tentar condicionar o discernimento das pessoas e fazê-las de parvas. Este regime tresanda a corrupção por todos os poros e ainda nos querem fazer de imbecis?

José Sócrates foi detido, e bem, e já tardava! Há muito que estava enterrado até ao pescoço em falcatruas, cujas provas eram destruídas ou cujos processos prescreviam ou eram abafados nos corredores dos tráficos de influências e favores.

Felizmente, no meio de tanta imundice, ainda há juízes com coragem e espaços de actuação livres dos tentáculos dos poderosos.

Da minha parte, não só não presumo inocência alguma, como sei que deveriam lá estar muitíssimos mais. O país está a saque e as próximas gerações endividadas por culpa de corruptos e ladrões deste calibre. Vamos, então, presumir inocência? Pelo contrário!

Os verdadeiros Portugueses não podem esquecer as trafulhices da Moderna, da Lusófona ou da Independente. Nem os casos danosos do BPP, BPN e BES. Nem as negociatas ruinosas das PPP e das vendas, ao desbarato, a interesses privados ou estrangeiros, de sectores vitais à nossa soberania e economia. Nem os casos de corrupção dos submarinos e de tantos outros que têm vindo à tona nos últimos anos. Fora aqueles que nem sonhamos…

Cabe ao Português comum não presumir inocência, coisíssima nenhuma, dos detentores de cargos públicos que têm pilhado o erário público, imposto sacrifícios e injustiças sociais às actuais gerações, e penhorado as futuras gerações por causa de tanto roubo e corrupção.

Cabe ao Português comum exigir responsabilidades, reclamar a punição de todos os culpados e nunca mais lhes confiar o seu voto!

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