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Saída (temporária) da Tróica

Saída TróicaO Governo anunciou que a saída da Tróica seria “limpa”, numa comunicação do Primeiro-Ministro que assumiu contornos caricatos, nomeadamente ao referir a “restauração da soberania nacional”, como se não continuássemos submetidos aos ditames de Bruxelas a praticamente todos os níveis. Igualmente caricato na sua reacção, o PS nem parecia ser o partido de José Sócrates, principal responsável por este pedido de ajuda. 

Já era de esperar que o Governo anunciasse uma saída “limpa”: num período de eleições, não pode transparecer o mínimo insucesso, até porque a União Europeia (UE) e a Tróica estão empenhadas em provar o alegado sucesso das suas intervenções e em fazer com que a globalização e o controlo das pátrias pela alta finança mundial sigam o seu curso. Mas estão bem à vista os exemplos da devastação que estas e as outras forças da globalização provocam: quer pela via económica ou financeira (como é o caso de Portugal), quer pela criação de situações de guerra (“primaveras árabes”, Síria, etc.).  

Na realidade, uma vez instaladas, as forças da globalização nunca mais largam a presa, pelo que não vamos ter libertação nenhuma. Quando muito, teremos umas saídas precárias, para irmos aos mercados agrilhoados a uma bola de ferro e assim continuarmos a manter o paradigma instalado, isto é, continuarmos a sustentar os agiotas da banca internacional.

Como boa aluna dos interesses da Tróica que sempre foi, a coligação que nos (des)governa acabou pois por formar-se com distinção, pelo que agora, numa espécie de fase de mestrado, só será avaliada de seis em seis meses. Resumindo, querem-nos de rédea curta, e percebe-se porquê: há gorduras e privilégios que este Governo não cortou nem vai cortar, preferindo aumentos de impostos e continuar a assassinar os rendimentos dos assalariados e o tecido empresarial português.

Nós, nacionalistas, defendemos o rumo à independência nacional, e sabemos que isso é, seguramente, possível. Não negamos as nossas dívidas porque somos pessoas de bem, mas rejeitamos os juros agiotas e sobretudo rejeitamos que interfiram na nossa vida com políticas suicidas que só nos puxam cada vez mais para o fundo.

Defendemos pois uma negociação da dívida, dos seus prazos e dos seus juros, no contexto de uma negociação para a nossa saída do Euro e da UE, que, feitas as contas, só nos têm prejudicado. Cada vez mais economistas nos dão razão nesta matéria e, além disso, os nossos credores têm todo o interesse em que paguemos aquilo que devemos e não em que, mais dia menos dia, caiamos em incumprimento definitivo, fruto das políticas suicidas dos governos PSD/CDS/PS (o “arco da bancarrota”) ou dos lirismos ultrapassados da esquerda trauliteira e marxista. Defendemos pois um Portugal independente, que não negue a sua condição europeia e esteja disposto a negociar com todos os países da Europa e não somente com aqueles a que a UE nos obriga. Um Portugal que, fazendo jus à sua veia universalista, se relacione directamente com outros países fora da Europa no que toca a tratados de comércio, fazendo também acordos que lhe permitam servir de ligação entre o nosso continente e o resto do mundo. Sempre no respeito pela autonomia e independência dos povos e em defesa da suas culturas e identidades, rejeitando deste modo a globalização cultural e económico-financeira. Claro que, sozinhos, dificilmente conseguiremos isto. Mas há forças políticas europeias que estão cada vez mais fortes e que pensam, como nós, num modelo alternativo para a Europa. Conforme essas forças vão crescendo, importa também dar voz ao Nacionalismo em Portugal. O amanhã é nosso e chegará mais brevemente do que aquilo que muitos pensam. Preparemo-nos, pois, o quanto antes para a sua chegada.

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