Perante o novo passo, ontem dado na Assembleia da República, no sentido da consumação da imposição do chamado “Acordo Ortográfico”, o Partido Nacional Renovador (PNR) não pode deixar de tecer as seguintes considerações:
Comprovou-se mais uma vez que os cinco partidos com assento parlamentar não estão ao serviço de Portugal e dos portugueses, mas sim a servir os interesses próprios, ou os do grande capital e das estratégias geopolíticas e comerciais alheias. Mesmo os partidos que se mostraram menos impacientes com a aplicação do lesivo “acordo” demonstraram total desconhecimento técnico do assunto e das suas implicações políticas, manifestando apenas a falta de clareza e a hipocrisia típica do ser-do-contra “porque sim”, a que já estamos habituados.
Sabendo-se que a maioria da população está contra o “acordo”, cabe aqui perguntar: quem representam os partidos com assento parlamentar? A população, ou interesses obscuros?
Este criminoso “acordo” não serve à língua portuguesa, fere-a de morte na sua essência e nem sequer aproxima as suas diversas variantes, pela razão de as divergências se deverem também ao vocabulário, à semântica e à sintaxe.
Enquanto único partido político português com uma posição firme e esclarecida sobre esta questão, o PNR apela desde já a que todas as forças contrárias a este “acordo” se juntem no sentido de angariarem as assinaturas suficientes para que seja convocado um referendo de iniciativa popular, que permita ao povo português dizer definitivamente “Não” a este assassinato da sua língua.
Comissão Política Nacional | 1 de Março de 2014