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Parcerias público-privadas

Privatizar, neste regime político decrépito, significa privar as pessoas dos seus recursos nacionais. As parcerias público privadas são a forma fraudulenta de os usurpadores do poder politico e económico perpetuarem o sistema de passa/culpas e desresponsabilização que arruinou o Pais. Apesar de todos os escândalos inerentes às PPPs, todos escapam impunes.

As PPPs não são algo novo. Vejamos o percurso dos governantes que assinaram estes acordos de expropriação: Ferreira do Amaral, António Mexia, Valente de Oliveira, Jorge Coelho, Ferro Rodrigues, Mário Lino, Antonio Mendonça, Paulo Campos. Ou seja, Lusoponte, Brisa, Transtejo, ANA, Refer, CP, Metro do Porto, Metropolitano de Lisboa, Fertagus, SoftLusa, Carris, Parpublica, Parvalorem, Parque Escolar, Gebalis são, neste contexto, nomes infames de verdadeiras agências de emprego para os políticos de carreira, neste regime de “fartar vilanagem”. Todas estas empresas subsistem graças a este modelo viciado, gerando a cada ano que passa milhões de prejuízo. A Parque Escolar, por exemplo, criada por governo PS, gastou entre 30 a 400% acima do estipulado no contrato. A Gebalis será talvez o caso mais aberrante, onde um conjunto de três administradores consumiram em almoços no Gambrinus meio milhão de euros. E estão todos a solta!

É porém no sector da Saúde que se verificam os casos mais gritantes de confisco de recursos públicos, inclusive os serviços de sangue nos hospitais. Paulo Macedo, ministro da tutela, teve porém o desplante de aumentar para o triplo o valor das taxas moderadoras, enquanto médicos e administradores hospitalares se envolvem em toda uma série de fraudes de milhões. Com um total de investimentos públicos na ordem dos 7 mil milhões, a rede nacional de saúde foi entregue à gestão de grupos bancários. Todos estão em situação de ruptura: com temperaturas a rondar os 40º, seis hospitais PPPs viram o ar condicionado avariado. De resto, as PPPs na Saúde, tentadas no Reino Unido, revelaram-se igualmente um desastre. Mas por cá insiste-se nelas, pois permitem roubar mais um pouco.

Na ANA e Águas de Portugal, onde os partidos do arco da bancarrota colocaram os seus lacaios, estes não deixaram de receber prémios milionários de desempenho, apesar dos milhões de prejuízo apresentados continuamente nas contas anuais. A mesma Águas de Portugal (administrada pelo CDS e pelo PSD) é apresentada como o pior modelo de gestão pelo Tribunal de Contas.

Valente de Oliveira, do PSD, é desde 2012, presidente da administração da Casa da Música do Porto, igualmente com milhões de prejuízo, substituindo Artur Santos Silva (“boy” do PS), que transitou para a Fundação Gulbenkian. Por seu turno, Jorge Coelho (também do PS), assinou PPPs enquanto ministro com a LusoPonte, empresa da qual é administrador. É também comparsa de Dias Loureiro (PSD) na empresa Valor Alternativo. Os maus exemplos nunca mais acabam, e estendem-se a todos os sectores da administração central, às empresas municipais que empregam as terceiras linhas de militantes; sobretudo desde sempre, são centenas os deputados, administradores e governantes em vergonhosa situação de conflito de interesses, actuando como intermediários de negócios ruinosos para as populações mas que geram para si altos rendimentos pessoais.

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