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Um ano de activismo e actual momento

João Pedro AmaralÉ com enorme prazer que hoje aqui me encontro reunido com os meus pares, amigos e camaradas, com o propósito de elegermos a nova Direcção do PNR, a qual irá ditar os destinos do partido no próximo mandato, mas, mais importante que este voto de confiança, esta convenção serve também para nos renovarmos: é importante reflectirmos este dia com simbolismo. Será que neste momento nos iremos comprometer de tal forma que, aconteça o que acontecer, o trabalho de militância será uma prioridade nas nossas vidas?

Peço-vos que nos acompanhem nesta renovação de votos, nesta jornada de militância, e convido-os a respirar até o último poro este sentimento que é o de Pátria!

Foi-me pedido para vos fazer o balanço do último ano de trabalho, por coincidência faz agora precisamente um ano da realização dos nossos primeiros Estados Gerais, em Alcobaça. Partimos para esse evento algo fragilizados, após uma época na qual o partido ultrapassava mais uma situação difícil devido a guerras internas que, uma vez mais, nada tinham a ver com questões politicas, mas sim com questões pessoais e de grupo. Contudo, como todos os momentos de crise já vividos, também este foi sanado, ultrapassado, e saímos dele fortalecidos. Mas, mais importante: com um rumo claro!

Foi neste momento chave que foram apresentadas as bases do Nacionalismo Renovador, algo que, pessoalmente, sinto que foi o ponto de viragem e referência para o Nacionalismo em Portugal, o partido reforçou a sua Identidade e começámos a trabalhar a nossa credibilidade, esta sim, importante para o crescimento de qualquer organização.

Foi nesta altura que deixámos de trabalhar só para dentro, cativar, tentar unir e motivar sempre os mesmos e sempre com os mesmos resultados, foi o tempo de dizer basta!

O Nacionalismo precisava de “sair do armário”, de deixar de ser visto como um movimento de excluídos, precisámos de respirar de nos abrir à sociedade, de apresentar algo fresco, apetecível e que conseguisse acima de tudo trazer gente nova e entusiasta ao partido. Não faz sentido militar num partido e não ter visão e a ambição de um dia esse partido vir a ser poder. Só assim faz sentido gastar tempo, energias e dinheiro num projecto partidário. Para os que assim não pensam, existem as associações e os grupos de Nacionalistas. Como militante, o meu objectivo é que um dia o PNR possa de alguma forma inverter o rumo seguido por este regime de pensamento único que vigora na Europa e um pouco por todo mundo.

Quando se começou a falar do caminho por nós traçado, as maiores dúvidas de quem nos abordava eram: querem fazer um novo CDS? Vamos abdicar de alguns pontos que tanto identifica o Nacionalismo? Vamos perder a nossa identidade? Ou iremos tornar-nos em algo vazio e sem graça igual aos partidos que já existem?

Não! O ADN Nacionalista é intrínseco e imutável. É o que nos caracteriza e é a razão para a existência do PNR. Mas a necessidade de inovar, renovar e apresentar soluções para o nosso século é-nos exigida para alcançarmos o êxito. Temos que ter o mesmo espírito que tiveram os nossos antecessores e ser precursores de uma nova alternativa, essa adaptada ao tempos de hoje, de resto diferentes dos de há um século.

Como diz o nosso manifesto, o Nacionalismo Renovador é algo que não se fechou, mas sim um início de um ciclo: tenhamos nós a vontade e a coragem para percorrer esse caminho!

Os Estados Gerais serviram para transmitir tudo isto que acima referi, tivemos cobertura mediática local e alguma a nível Nacional e, mais importante, tinham algo de novo para oferecer tanto a quem nos conhecia como a quem nos haveria de conhecer.

A partir daí, o ritmo de trabalho tem sido avassalador: acções a nível local por todo o País quase semanalmente devido à fé inabalável dos nossos militantes e simpatizantes, almoços-convívio realizados pelos núcleos e muito deles pela própria direcção do partido um pouco espalhados por zonas onde a palavra Nacionalismo ainda não era conhecida, encontros internacionais com movimentos congéneres, reformulações dos núcleos, acções específicas que abordaram temas como o aborto, o acordo ortográfico, os graffiti selvagens, a habitação social e a produção nacional.

Faro, Beja, Setúbal, Lisboa, Loures, Torres Vedras, Alcobaça, Batalha, Santarém e Porto foram locais onde a Comissão Politica Nacional esteve presente a apresentar o Nacionalismo Renovador e a realizar acções em contacto com a população.

Realizámos as primeiras “Jornadas de Informação”, um êxito a repetir, tanto em qualidade como em aderência de militantes.

De salientar também um ciclo de conferências organizado pelo Movimento Verde, que teve um enorme sucesso e conseguiu congregar Nacionalistas e sociedade civil em torno de vários temas que nos são caros.

Ainda sobre as conferências realizadas, as linhas programáticas saídas dos Estados Gerais acerca de educação foram divulgadas na conferência sobre educação em Abril.

Datas tais como o 1 de Dezembro, no Porto, 1 de Maio, em Setúbal, 10 de Junho em Lisboa e 15 de Agosto na Batalha, foram portadoras do nosso espírito como Nação e reveladoras da unicidade da nossa identidade: soberania e independência, trabalho, Nação e comunhão de uma cultura ancestral com, uma vez independência, são esses os significados celebrados por nós.

Realizámos também, pela primeira vez, o jantar de Reentrada Politica, que foi um êxito a nível de participantes, como de motivação, como ainda de angariação de fundos para o partido.

Fizemos recentemente uma acção em frente ao parlamento de nome “Desparasitação”, que ficará para a história tanto pela originalidade como pelo método de acção. Reveladora do novo espírito do partido, esta acção foi a primeira de muitas com este enquadramento.

Entre tudo isto, as reuniões de trabalho da Comissão Politica, os Conselhos Nacionais e todo o trabalho implícito de gerir um partido amador, mas que se quer profissional, tem sido um trabalho gigantesco.

A nível de organização, podemos contar também com um gabinete de imprensa, que tem a seu cargo transmitir à comunicação social comunicados e informações sobre acções, bem como desenvolver as relações com o a imprensa de forma a publicitar tudo o que é noticia no PNR.

Digo-o com toda a convicção que somos o partido com menos visibilidade e meios financeiros, mas aquele que mais empenho, acções de rua e trabalho de propaganda realiza.

Dito isto, quero apenas apontar quais os dois maiores desafios e entraves ao crescimento para o PNR, para cuja superação necessitamos de toda a ajuda:

a) Bloqueio mediático

b) Falta de apoios financeiros

Seguindo um pensamento empresarial, e fazendo uma analogia, a minha pergunta é a seguinte:

Uma empresa tem um objectivo, será que esse objectivo é alcançável se não houver capital financeiro que lhe permita desenvolver um trabalho e se, quando tiver de usufruir de cobertura por parte dos meios de comunicação social, essa cobertura lhe for negada?

São estas as dificuldades com as quais nos deparamos no nosso dia-a-dia. Não se iludam: um partido necessita de uma sede, tem de apresentar contas ao Tribunal Constitucional feitas por um Contabilista remunerado e tem um domínio de um site para pagar, despesas a que acrescem ainda a água e a luz, o aluguer de salas e elaboração de propaganda para distribuir. Tudo o resto é pago com a boa vontade dos militantes (portagens, gasóleos, refeições etc.)

Uma empresa tem colaboradores a trabalhar a tempo inteiro sempre com um objectivo, que são pagos para cumprirem uma função, como acontece com os partidos do sistema, pagos por todos nós com o dinheiro dos nossos impostos.

Uma empresa que queira sobreviver e crescer tem de encontrar formas de ser auto-sustentável para conseguir atingir o seu objectivo, logo um partido como o PNR, para conseguir atingir o seu objectivo, terá de ter como prioridade auto financiar-se. Afinal, com recursos humanos não remunerados e somente movidos por uma fé inabalável gerimos com meios financeiros muito parcos cerca de 60/70 activistas permanentes e temos por base cerca de 20 mil apoiantes (baseado nos últimos resultados eleitorais).

A promoção de uma empresa também é essencial para dar a conhecer os seus produtos para o público para a qual ela está direccionada, se tal não acontece a empresa fecha por falta de consumidores, dado que eles são a razão pela qual ela existe.

Tal como uma empresa, o PNR necessita de fazer passar a sua mensagem de forma eficaz, de maneira a que consiga atrair militantes, simpatizantes e quadros de diversas áreas que lhe permitam crescer de forma sustentável e atingir o seu objectivo, que é vir a ser poder.

Neste momento, o partido é singular na sua mensagem, não temos concorrência porque somos os únicos com uma mensagem clara e totalmente antagónica com o pensamento reinante, sabemos que temos razão e não é de agora, tudo aquilo para que alertámos concretizou-se, sempre que falamos com a população é-nos dada razão e identificam-se connosco e com as nossas ideias, estamos num caminho de credibilidade e essa é-nos cada vez mais reconhecida, logo temos um bom projecto, um líder conhecido e reconhecido pelo seu valor, um bom grupo de trabalho, a razão e a legitimidade do nosso lado, uma militância sem igual e uma vontade enorme de reverter a situação.

Ora, só nos falta mesmo que os eleitores nos conheçam, e os meios financeiros e mediáticos para que isso aconteça.

Para finalizar quero agradecer a todos aqueles que nos acompanham, que abdicam do seu tempo com a família, que dispõem dos seus próprios meios financeiro para apoiar e dão a cara por este projecto, quero-vos dizer que isto, mais do que um ideal, é um modo de vida, que nos cabe transmiti-lo aos nossos filhos, familiares e amigos, e não se esqueçam de que aquilo que estamos a fazer é história e que seremos relembrados num futuro próximo como os precursores do Nacionalismo Renovador.

Viva o PNR

Viva Portugal

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