Nem Dinheiro, nem Saúde | Cortam-nos em todo o lado

Passado o tempo de namoro eleitoral o governo PSD/CDS revela-se igual ao do PS. Eles bem avisaram que iam cortar nas despesas… só não disseram em quais, e pelo vistos, era nos médios e pequenos empresários, trabalhadores, estudantes, idosos e doentes.

Além de congelarem ordenados e cortarem o 13º mês e mês de férias – para já… – , aumentaram impostos, aumentaram os transportes, cortaram no abono de família, e cortam sistematicamente uma série de serviços, afectando entre outros, as populações locais, o ensino e a saúde.

Por meras razões economicistas, umas vezes, desavergonhadamente, sem apelo nem agravo, foram estabelecimentos de ensino, unidades de saúde, linhas férreas, etc. Outras, de forma dissimulada e com manobras manhosas, tomam medidas ou deixam de as tomar, fazem jogos e arrastam decisões com vista a uma posterior desculpa que permita proceder a encerramentos “justificáveis”.

É isso que está acontecer com muitos Centros de Saúde por este país fora: umas vezes faltam médicos; outras, enfermeiros; outras ainda, material informático ou de tratamento e diagnóstico. Alguns Centros de Saúde estão “provisoriamente” encerrados por algum destes motivos, com evidente morte anunciada, aguardam assim o encerramento definitivo, baseado num lavar de mãos e constatação da falta de qualidade.

Cada Centro de Saúde que encerra dá mais um passo na desertificação rural, prejudica-se a vida de idosos e doentes. Esta política, de delapidar o Serviço Nacional de Saúde, para além de prejudicar a qualidade de vida dos portugueses visa abrir caminho apenas a interesses privados que trará consigo menos justiça social e o aumento de fosso na qualidade de vida entre os portugueses.