Rascunho da semana | 9 de Outubro de 2011

> Novo aeroporto de Lisboa não vai avançar, conforme anunciou o Ministro Álvaro Santos Pereira, ao apresentar, no dia 7, os princípios orientadores do Plano Estratégico dos Transportes, tendo referido que é propósito do Executivo “rever os pressupostos que levaram à proposta de construção do novo aeroporto”, que será suspenso porque “não é possível avançar com o projecto”. Outras das propostas apresentadas no Plano, recaem na necessidade de “encontrar um destino para as companhias low-cost“.

Face a isto, lembra o PNR que já nas Eleições Autárquicas Intercalares para Lisboa, em 2007 e depois nas de 2009, defendíamos a solução que apontava o “Aeroporto da Portela + um”, nos arredores de Lisboa, para as companhias Low cost. É lamentável que se gastem tantas verbas em projectos e tanto tempo em hesitações para, anos depois, os governantes acordarem para a realidade e chegarem à conclusão óbviam que é aquela que há muito defendemos.

> Agressões a Agentes da Polícia continuam a ser o quotidiano. No dia 7, um grupo de oito jovens agrediu um agente da Policia Municipal que rebocava uma viatura, em Carnide.
No Pragal, Almada, dois homens atacaram uma agente da PSP para lhe roubarem um fio de ouro e a carteira. Após a detenção, foi feita uma busca domiciliária e apreendidos 50 euros e liamba. Os dois criminosos foram levados a um juiz no Tribunal de Almada e ficaram em liberdade…
Um agente da PSP de Faro foi espancado num bar, em Quarteira, tendo sido violentamente espancado com socos e pontapés até ficar inconsciente, após o que, os agressores lhe roubaram o bastão, a pistola Glock e os telemóveis, tendo fugido depois. Os criminosos pertencem a um grupo já envolvido em outros actos violentos.

O PNR, mais uma vez se solidariza com os agentes da autoridade, vítimas das agressões que aumentam todos dias. Estes agentes, muitos dos quais ganham ordenados que mal passam de 700 Euros, a quem falta equipamento e condições para exercer a sua função, ainda servem de “saco de pancada” para delinquentes e são desautorizados pelo poder político e judicial.

> Navio Atlântida à venda, após 3 anos de abandono. O navio foi construído em 2008, em Viana do Castelo, para fazer a travessia entre as ilhas dos Açores, só que não chegou a ser levantado pelo armador porque supostamente não atingia a velocidade que estava no contrato. Passado todo este tempo, concluiu-se que afinal a embarcação navega a uma velocidade maior do que a que tinha sido exigida.

Enfim, trata-se de mais uma vergonhosa situação de negociatas estranhas, impune, em que as contas públicas ficaram a perder de duas maneiras: primeiro, porque os Estaleiros de Viana ficaram com milhões empatados, pondo em risco a sua continuidade e o emprego de centenas de funcionários, e segundo, porque o governo dos Açores paga alugueres escandalosos a armadores estrangeiros para poder ter ferrys a fazer o serviço entre ilhas. O PNR, que já tinha referido esse escândalo, volta aqui a falar de mais uma pouca vergonha que passa ao lado dos portugueses.