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Do Presidente aos Nacionalistas | Março de 2011

Apesar de se continuar a vender o nosso pobre País a retalho, nas feiras mundialistas onde o capitalismo é quem mais ordena, continuamos a correr para o abismo e o caos em ritmo acelerado, já que essa é a reacção e ditame dos mercados e das empresas de notação (vulgo rating). Cada vez estamos mais perto de ver o FMI entrar portas dentro, juntamente com as ajudas de emergência da UE, numa demonstração humilhante da desgraça do regime.

Temos a dívida externa a ombrear de igual para igual com o PIB; o cinto cada vez mais apertado à volta do pescoço das pessoas, das famílias, dos trabalhadores e das empresas; o governo a teimar nos gastos astronómicos em betão e alcatrão para obras megalómanas; as diversas faixas etárias, profissionais e sociais cada vez mais penalizadas e desesperadas a cada “PEC”ada que levam…

Nesta panela de pressão onde o caos e convulsão sociais são o cenário mais que previsto e denunciado, acabámos de viver uma semana de contestação. Primeiro na Assembleia da República, com Moção de Censura ao Governo, e depois na rua, com manifestações multitudinárias.

Contestações legítimas? Sem dúvida! Cobertas de razão? Sem dúvida, também! Pois que este governo é miserável, insensível, ladrão, lambe-botas da UE… isso todos o sabemos e nem nos admira, pois é produto acabado de um Regime podre, anti-nacional e anti-social. E os governos seus precedentes, acaso não o foram também? É tudo farinha do mesmo saco… Por isso não basta contestar este governo e derruba-lo para que venha outro de igual ou semelhante matriz. É preciso derrubar o Regime! É preciso erigir um Estado Nacional e Social!

Ainda esta semana, o Presidente da Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou que é preciso substituir este Regime, pois já deu o que tinha a dar. Nesta afirmação apenas corrijo, dizendo: já tirou o que tinha a tirar! Foi logo em 74 com a entrega do Ultramar, expropriações selvagens e muito mais, até aos dias de hoje em que nos roubou sistematicamente a Segurança, qualidade de vida, Identidade, Soberania, Justiça, Educação, Saúde… E que o digam os Combatentes e os Professores, os Reformados e os Estudantes, os Empresários e os Comerciantes, Agricultores e Pescadores… que o diga todo o nosso tecido social que está a ser defraudado e roubado pelos governantes sucessivos.

De nada adianta, pois, uma alternância de Governo para outras mãos que prossigam políticas de destruição. De nada nos servem protestos promovidos pelos que se batem por soluções e caminhos que são mais do mesmo ou bem piores, como o Comunismo, que é o Mal dos Males!

E em ambos os protestos, na AR e na rua, os que hoje reclamam, pese embora tenham razão nas suas queixas e até em alguma parte das soluções, são igualmente culpados pelo estado de coisas a que chegámos: activa ou passivamente!

Queixam-se da precariedade e com toda a razão! Mas, incoerentemente, defendem uns o capitalismo liberal, e outros, o multiculturalismo e imigração, colaborando ambos para esta nova ordem mundial, mundialista, globalizante, onde são ideias e palavras de ordem a deslocalização, mobilidade, competitividade (sem ética!), e por conseguinte, os frutos podres serão a perda da Identidade e Soberania das Nações, o desenraizamento das pessoas, a precariedade do trabalho e a insegurança quanto ao futuro.

Não basta por isso fazer cair um governo quando o que está verdadeiramente em causa é o Regime. Não basta protestar na rua contra as mazelas que a todos afectam, quando este protesto apenas granjeia dividendos (não nos iludamos!) aos que, por trás da sua “espontaneidade” (que implica forte organização!) dominam dentro do sistema e da comunicação social.

Claro está que metade, ou até mais, dos manifestantes, preocupados com os seus problemas, pintaram um quadro de transversalidade social e política. Mas isso é apenas uma visão efémera, mas que a prazo, ou para memória futura acaba tão só por fortalecer os piores entre os piores: os Comunistas!

E assim, dissecando a manifestação, lá se viram Nacionalistas e bandeiras do PNR (que, tal como emitimos em comunicado, tinham toda a liberdade e legitimidade para o fazer) a ombrear com uma imensa maioria de comunistas e anarquista bem perceptível pelos estilos e simbologias ostentadas, das rastas ao “Che”, dos cravos aos punhos cerrados, dos cânticos de Zeca Afonso a palavras de ordem abrilinas, de bandeiras do lobi-gay até uma da muçulmana Turquia (!)…

Há então alguma consequência positiva ou vantagem para nós? Pois, salvo melhor opinião, não me parece, já que, entendo que as manifestações ou protestos públicos devem traduzir-se por celebrações, reivindicações ou protestos concretos, mas que apresentem caminhos e soluções. Estes podem inclusivamente unir várias sensibilidades e tendências ideológicas desde que o objectivo seja comum. Entendo pois como vão, um protesto que apenas deite a baixo mas que, até pela sua diversidade, não apresente qualquer rumo ou proposta construtiva e, pior que isso, vejo isso como um trunfo dado aos que, efectivamente, mais vão lucrar com o sucesso de tal demonstração na rua.

Por outro lado, em boa verdade, dessa participação também não vem mal ao mundo, já que a luta Nacionalista se deve travar onde haja um Nacionalista: em toda e qualquer circunstância. Mas o PNR, como Partido que é, pugnando pela Ordem e nunca pelo vazio de poder ou poder na rua, luta pelas suas causas sem transigências nem concessões, de acordo com os seus princípios e doutrina política, com as armas e os meios que tem; sem desistir! Com Agenda própria.

Assim, de novo na rua, no dia 26 deste mês estaremos no Largo de Camões, em Lisboa, às 16 horas, dando voz e corpo, em protesto contra o famigerado “Acordo Ortográfico”, imposto pelo Governo à Nação e que, sendo contra natura atenta gravemente contra um dos pilares da nossa Identidade: a Língua.

Nele faremos distribuição de propaganda e teremos uma banca de recolha de assinaturas que viabilizem uma ILC (Iniciativa Legislativa de Cidadãos) com vista à anulação do “Acordo Ortográfico”.

José Pinto-Coelho | 13 Março 2011

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