Download Free FREE High-quality Joomla! Designs • Premium Joomla 3 Templates BIGtheme.net
Home / Mensagem do Presidente / Do Presidente aos Nacionalistas | Novembro de 2010

Do Presidente aos Nacionalistas | Novembro de 2010

De mentira em mentira, omissão em omissão, ilusão em ilusão, os portugueses já perceberam que estamos de facto num estado de falência e iminente colapso; sem saída ou solução palpável. É tempo, pois, de não permitirmos que nos continuem a enganar e a ocultar as consequências reais e graves das decisões políticas erradas que, sem estratégia nem objectivos definidos, não passam de soluções de remendo desesperado num permanente navegar à vista. Constitui um crime de lesa-Pátria a teimosia irresponsável de se adoptarem políticas anti-nacionais, de matriz economicista e capitalista, que tudo justificam.

Só mesmo uma péssima gestão com erradas opções, clientelismo, poder dos lóbis e corrupção, explicam que tenhamos chegado a este estado de coma nacional. Mas pior que isso, é a inércia ou apatia que toleram que os mesmos responsáveis pelo descalabro continuem ao leme do barco que mete água por todos os lados.

Basta-nos olhar à volta e logo somos inundados com exemplos de má gestão, erradas prioridades e imoralidades que, de tão variadas, vão de situações como o do buraco de 10 mil milhões de euros no sector dos transportes públicos; ou a nomeação incontinente para cargos públicos que, só nesta legislatura, já atinge a cifra de quase 1.500, numa época em que se exigem cada vez mais sacrifícios aos portugueses; ou até dos gastos escandalosos de 10 milhões de euros do erário público, destinados à comemoração do centenário de um crime nacional – a 1ª República; ou ainda, até à avultada despesa com a cimeira da Nato a decorrer no próximo fim-de-semana, a cuja Organização paga o estado português uma renda anual de 400 mil euros para manter cá o Comando de Oeiras.

O despesismo crónico e enraizado, sem freio, já não esconde a fingida intenção de se cortar na despesa pública, nem a falta de vergonha patente que já não consegue ocultar a busca desesperada de soluções (falsas) recorrendo ao saque às famílias e aos trabalhadores, ou à expectativa de que a mão estendida ao exterior nos traga alguma “ajuda”.

Não se pode solucionar um mal com outro semelhante ou pior ainda. Não se pode aliviar o peso da crise e da dívida externa, momentaneamente, criando uma dependência de um outro Estado. Temem o FMI, mas não hesitam em enfeudar-se à China…

Se tal dependência já não seria aceitável face a Espanha ou outra nação europeia, nem tampouco à UE, logo, por maioria de razão, muito menos perante o gigante da China.

Não nos basta já a invasão do comércio chinês que não paga impostos e faz concorrência desleal aos portugueses na nossa própria casa? Não nos basta o dano que isso traz ao comércio tradicional e ao emprego? Então querem os nossos governantes tornar-se ainda mais dependentes das imposições da China?

Falam na compra de parte da vida dívida externa portuguesa pela China e na sensação de alívio a curto prazo, mas omitem intencionalmente, mais uma vez, as contrapartidas criminosas que estão na mesa das negociações. Ou será que alguma nação ajuda outra com espírito altruísta?

De facto, o que faz o poder do dinheiro… Faz até com que estes senhores fechem na gaveta as suas teorias cínicas de direitos humanos, e estreitem laços com um país onde não há quaisquer regalias sociais e onde grassa o trabalho infantil e o trabalho escravo.

Essa não é claramente a posição nacionalista. Nós defendemos a soberania portuguesa sem concessões. Defendemos o mercado livre, sim, mas controlado e vigiado, impedindo a proliferação e impunidade das injustiças sociais. Defendemos um Estado que impeça a fuga dos centros de decisão e dos recursos estratégicos da esfera da Nação para mãos privadas e muito menos estrangeiras; um Estado que garanta a produção nacional, que incentive ao consumo do produto nacional e implemente medidas proteccionistas; um Estado que se preocupe com o bem-estar das famílias e combata o flagelo do desemprego através da criação de trabalho; que estanque a sangria da fuga de portugueses numa emigração sem precedente por sentirem que Portugal é hoje uma Mãe que não protege os seus Filhos.

Enfim, um Estado que se bata pela maior independência possível, pela qualidade de vida dos portugueses, pela justiça social e pelo progresso do país. Um Estado Nacional e Social!

Não estamos dispostos a abdicar mais da nossa soberania a troco de ilusões! Não queremos embarcar nessas “chinesices”!

José Pinto-Coelho | 15 Novembro 2010

Compartilhe

Veja também

Do Presidente aos Nacionalistas | Janeiro de 2014

Terminado o ano de 2013, impõe-se fazer um balanço daquilo que ele representou para o …