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Do Presidente aos Nacionalistas | Maio de 2012

Às vezes somos confrontados com a ideia vaga, mais ou menos em voga, de “união”. Ora, não há nada mais postiço e enganador do que palavras proferidas sem qualquer base de sustentação ou realismo. A união, apenas como ideia, sem considerar os seus sujeitos, é totalmente abstracta. Mas afinal, união entre quem, o quê, e para quê?

Tal como a água e o azeite não se unem ou misturam, também não é possível unir realidades diferentes apenas por decreto… E, não sendo isso possível, não é, por maioria de razão, desejável, já que uniões forçadas, ao contrário de fortalecerem, fragilizam. E, ao contrário de consolidarem, fracturam. Acabam por formar monstruosidades contra natura. Basta para isso, pensarmos na imposição da “União” Europeia, que procurou unir aquilo que não é unível.

As verdadeiras uniões têm que assentar numa real comunhão de estilo, estética, ética e objectivos. Têm que comungar de um provir e devir partilhados. Têm que ser naturais e não artificiais. Uma Nação é o exemplo de uma verdadeira união naquilo que é essencial em si mesmo.

Não nos iludamos, por isso, com palavras bonitas, apregoadas para encantar os ingénuos ou incautos. Num combate político-ideológico, que se pretende de massas, é uma falácia inútil falar-se em união e procura-la no vazio da utopia.

O que pode e deve haver, isso sim, é a “unidade”. Esta é possível e desejável! União e unidade são, pois, conceitos diferentes, sendo que apenas este último é aplicável à luta política, já que comporta a ideia de heterogeneidade entre as diversas partes, mas que convergem naquilo que é prioritário e que configura os pontos firmes, comuns a todos os envolvidos.

São justamente esses pontos que constituem o mínimo denominador comum a uma luta que permite congregar diversas tendências, sensibilidades e vontades, num objectivo partilhado, aceite por todos como primordial.

Esta unidade – que deve ser procurada e acarinhada – apenas conhece alguns momentos de eficácia, e menos ainda de plenitude. São esses momentos que, em diversos graus e contextos, acabam por passar à História.

A unidade não se decreta, mas antes, conquista-se. Tem que ser trabalhada e exige muito esforço de afirmação e de cedência, de contributo e de tolerância. Há que saber abdicar de questões individuais em nome do objectivo colectivo.

Sem uma base de sustentação palpável e credível, sem um projecto e estrutura, sem autoridade e credibilidade, sem escolha e livre adesão, sem trabalho e compromisso, nunca se poderá falar em unidade. Esta é formada por quem se esforça e contribui e não por quem fala apenas e pouco faz para que ela realmente aconteça.

A unidade não é vaga nem alcançada por decreto, mas é antes o resultado concreto que o trabalho aturado e o capital de autoridade conquistam. Ela implica a aceitação de regras, o reconhecimento de uma hierarquia (de valores, estruturas e pessoas) o espírito de iniciativa e de contribuição para a luta.

Não podem fazer parte da unidade aqueles que não aceitam regras e conspiram, que não respeitam a hierarquia e intrigam. Por isso, nem todos servem a unidade, nem esta pode ser feita com todos. Se a unidade tem que emanar de uma livre escolha e opção, tem também ela que comportar a rejeição. A boa planta tem que rejeitar a erva daninha e a boa fruta tem que rejeitar as maçãs podres.

Só pode haver unidade real segundo a ordem natural das coisas: ela é construída em torno do tronco principal e não de qualquer ramo caduco. Ninguém pode ou deve ser obrigado à unidade, mas antes aderir livremente a ela, aceitando as regras e as obrigações, sendo responsável e agindo em conformidade. Mas quem a ela aderir, será obreiro de um combate e de um sonho que, graças a ele e a cada um que partilha do mesmo empreendimento, se pode vir a tornar em realidade e em vitória.

O Nacionalismo é a única e verdadeira alternativa ao monstro gigante do mundialismo que destrói Pátrias, Famílias e Identidades. E ele tem vindo a crescer e a afirmar-se um pouco por toda a Europa. Portugal não pode nem deve ser excepção!

O Nacionalismo tem em Portugal um partido político disposto ao combate por Portugal e pelos Portugueses, por um Estado Nacional e Social. Portugal precisa do PNR e do Nacionalismo, mas estes precisam da unidade e força em redor do seu projecto. Juntos, já fizemos muito. E muito longe chegaremos, se muitos mais se juntarem à nossa Causa, fortalecendo o nosso PNR!

José Pinto-Coelho | 15 de Maio de 2012

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