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Apontamento semanal | 20 de Março

> DÍVIDA EXTERNA <

> Resgatar de novo. O presidente do maior fundo de investimento mundial antecipou, esta semana, que Portugal irá pedir um segundo pacote de ajuda e considerou que o país corre o risco de seguir o destino da Grécia.

Não são necessários muitos estudos para se antever o que é óbvio. O PNR sempre tem dito que Portugal não vai conseguir pagar a dívida e que este não é claramente o caminho. Estamos todos a fazer sacrifícios em vão! A simples aritmética basta para demonstrar que Portugal não tem capacidade para pagar a dívida através destas medidas de austeridade, e o senso comum chega para perceber que um país que não produz também não tem viabilidade, pois não se pode consumir mais do que aquilo que se produz.

Com o desemprego a atingir níveis históricos, os transportes e combustíveis a aumentar de modo acentuado, as empresas e sectores vitais para Portugal a serem sumariamente vendidos a estrangeiros e privados e os portugueses a verem-se forçados a abandonar a pátria que lhes nega o pão e a segurança, percebe-se que não é assim que se revitaliza a economia. Estas políticas de austeridade estão a matar Portugal!

O PNR defende medidas proteccionistas ao nosso mercado, a aposta corajosa na produção nacional – desde logo no Mar – e revitalização da economia, bem como a Justiça Social e moralidade na gestão do País. Só assim se poderá almejar a independência nacional, trabalho, emprego e prosperidade.

> EDP <

> Quem se mete com a EDP, leva! O Secretário de Estado das Energias, Henrique Gomes, esperava mudar o sector da energia, mas foi vencido. Foi-lhe dada ordem para não falar mais sobre o tema da energia e do problema das rendas excessivas na EDP, facto que acabou por levar à sua demissão.

> Rica EDP! Sete elementos do Conselho de Administração da EDP receberam, o ano passado, qualquer coisa como 6,09 milhões de euros. Mais do que suficiente para pagar 12.569 salários mínimos em Portugal.

O poder dos lóbis e o seu conluio com os centros de decisão política, têm sido de uma constante promiscuidade que o PNR não se cansa de denunciar. Como se pode aceitar que existam este tipo de paraísos, para uns quantos encherem à descarada as suas contas bancárias em off-shores à conta do esforço nacional? É inaceitável que o custo da electricidade seja penalizante para as famílias e empresas portuguesas, e que, por outro lado, sustente despudoradamente esta gente que se enche à nossa custa. Se os que tentam fazer alguma coisa em prol da mais elementar justiça, são silenciados e forçados à demissão e se o exemplo não vem de cima, é imperioso correr com quem está em cima e proceder a uma limpeza.

> PRODUÇÃO NACIONAL <

> Trabalhadores do Arsenal do Alfeite sem trabalho. O último navio da Marinha saiu há cinco meses dos estaleiros. Trabalhadores ocupam tempo a trocar pregos ferrugentos ou a fazer pequenas reparações em barcos civis. Teme-se despedimentos.

> Estaleiros perdulários. A Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo lamentou hoje o desfecho do negócio para a construção de dois navios-hotel da Douro Azul mas garante que a empresa, directamente, apenas entrou no processo a 14 de Fevereiro. Os Estaleiros estão neste preciso momento com privatização total anunciada para Julho próximo.

Eis mais duas provas da incompetência deste governo para estimular esta área tão importante para Portugal. Aonde está, afinal, a paixão pelo Mar?

Os estaleiros de Viana têm sido um paradigma de gestão desleixada, à qual não é certamente estranha a jogada de privatização de que estão a ser alvo. Importa que nos questionemos por que motivo entidades privadas estarão interessadas neste sector de negócio, tal como grupos russos ou chineses – o que configura mais venda de sectores vitais a interesses estrangeiros – acreditando na sua viabilidade e o Estado, que deveria ser o maior interessado, rejeita este sector estratégico para a produção e economia nacionais.

> ECONOMIA <

> Restauração a fechar portas. A crise e a subida do IVA estão a obrigar os restaurantes a fechar. Só este ano encerra, em média, um estabelecimento de restauração por dia, ou seja, mais 68% face a 2011. Se a comparação for feira com o arranque de 2010 então o número ainda é pior: são mais 174%, as empresas do ramo que encerram.

> Makro a caminho de micro. Todos os colaboradores efectivos da Makro receberam uma proposta de rescisão amigável. Embora o plano de rescisões englobe todos os colaboradores efectivos das suas 11 lojas em Portugal, a Makro não pretende sair de país. O director de comunicação da empresa de retalho recusa-se também a falar no encerramento de lojas ou em despedimento colectivo. “Neste momento não há passo seguinte. Neste momento o plano é este e dentro de um mês logo se verá”. Recorde-se que já em 2009 a Makro Portugal avançou com um processo de reestruturação que culminou com o despedimento colectivo de quase 100 pessoas.

Eis um exemplo do efeito dominó, negativo, rumo ao atrofiamento económico. A Makro, um grande retalhista, está prestes a reduzir muito a sua actividade. Claro, que outra coisa não seria a esperar quando se assiste ao encerramento diário de restaurantes e cafés, e muito devido ao aumento escandaloso do IVA. Decididamente não é este o caminho que leva à recuperação económica! Só não vê quem não quer!

> ENERGIAS <

> Nova subida dos combustíveis. Nos postos de abastecimentos dos quatro maiores gasolineiras (Galp, BP, Cepsa, Repsol), o gasóleo custa actualmente 1,499 euros, estando a apenas um cêntimo da barreira dos 1,50 euros, naquele que é o valor mais alto de sempre. Já a gasolina vale 1,694 nos postos da Galp e 1,699 euros nos postos da BP, Cepsa e Repsol, o que também representa um máximo histórico, ainda acima do valor alcançado em Maio de 2008.

A liberalização dos preços, por um lado, e os impostos de que o Estado não abdica, por outro, provocam aumentos sucessivos no preço dos combustíveis, levando a que as pessoas até já nem estranhem e, em surdina, encarem isso como normal… Claro está, que estes aumentos têm um impacte forte nos já precários orçamentos familiares, mas sobretudo nas empresas, contribuindo assim para a inviabilidade de mais e mais PME e, consequentemente, para o atrofiamento da actividade económica. Não é preciso ser-se economista, bastando ter bom senso, para se prever o resultado destas subidas de preços que, em última análise, ou se reflectem em aumentos generalizados dos preços ou em novas falências. Mas não se percebe que estas grandes empresas se comportam como autêntico cartel, ajustando os preços por mútuo acordo? E que a liberalização de preços, ao contrário de os fazer baixar e beneficiar o consumidor, os faz subir visando os fabulosos lucros deste lóbi? Mas será que não se percebe que o Estado tem o dever de tabelar preços de modo a favorecer os interesses dos Portugueses e da economia nacional? Está bem claro – e só não vê quem não quer – onde tudo isto vai parar…

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